Foram duas semanas intensas. Nunca pensei que uma pessoa pudesse acumular tantos afazeres ao mesmo tempo, e eu consegui. Me sinto vitoriosa. A saída do flat para o novo apartamento, a chegada da mudança de Florianópolis (faltando coisas), a visita de muitas pessoas queridas na mesma semana em São Paulo para eventos, cursos, passeios, a mostra do cinema, exames médicos a caminho, trabalho, muito trabalho, e eu sem internet por sete dias, coisa que quase me enloqueceu, Mulher à beira de um ataque de nervos. Será que havia alguma conjunção de júpiter com algum saturno brabo? sei lá, não entendo muito disso, mas alguma revolução estava a caminho e não me sentia muito preparada para ela. Mas enfrentei-a com todas as minhas forças.
Agora todos se foram. Estranha sensação de vazio. Sinto falta de uma pessoinha. Quando subo para o apartamento agora à noite, domingo, ouço a voz dele ecoando pelos aposentos, seu gritos no computador quando marcava alguns pontos no videogame. A tevê ainda está ligada no mesmo programa que ele estava assistindo antes de ir embora. Como uma pessoa pode nos preencher tanto e, segundos depois, só nos deixar o vazio? E o esforço que fazemos para que essa presença se prolongue o máximo possível, mesmo sabendo que, fisicamente, essa pessoa já está bem longe dali? E não faz nem 20 minutos que Gabriel se foi. Quando ele me abraçou agora há pouco, antes de entrar no táxi com a mãe, me disse baixinho: já estou com saudades de ti. Meu coração ficou pequeninho porque eu também sentia o mesmo. Agora é esperar para que o vazio seja preenchido de novo em Floripa.
domingo, 8 de novembro de 2009
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