quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Tragédia

sábado, 15 de novembro de 2008

Allen em Barcelona

Um passeio turístico e romântico por Barcelona e Oviedo no verão, regado a muito vinho, imagens de Gaudí, ótimos diálogos, um pouco de sexo, humor e atores talentosos (e lindos) como Javier Bardem e Penélope Cruz, foi a fórmula apresentada por Woody Allen em Vicky Cristina Barcelona. É mais um de seus filmes rodados na Europa - apaixonada pelo diretor - resgatando um pouco do frescor de seus filmes mais antigos. O roteiro parece meio bobo, meio clichê, envolvendo triângulos amorosos e situações em que o caliente sangue espanhol e a paixão latina dão de dez no convencional e entendiante american way of life (or marriage). Tudo de propósito, claro. Allen não é bobo. E, o mais engraçado, é que quase tudo (ou tudo) que acontece ali não é fruto só de mera ficção ou fantasia. A loucura e o ciúmes da personagem de Penélope Cruz, ex mulher do belo Juan Antonio (Bardem); a proposta dele às duas americanas (de levá-las para a cama depois de um passeio romântico por Oviedo), ou o modo que duas mulheres apaixonadas pelo mesmo homem encontraram para viver essa paixão a três. Isso existe mesmo, e se for levado à tela com humor e umas pinceladas de tragédia, com atores talentosos, dirigido por um mestre, numa cidade linda, fica melhor ainda.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

REALIDADE

Achei essa noticia no site da Folha e resolvi postar aqui para que algum retardatário possa ler. A realidade é tão mais interessante do que a ficção.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u466182.shtml

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Change


Barack Obama eleito ! Ele é o cara! Ainda bem que estou viva para testemunhar esse fato. Yes HE CAN CHANGE. Me deu uma vontade imensa de estar lá nos Estados Unidos agora, trabalhando e festejando.

domingo, 2 de novembro de 2008

Obama

Cristãos, judeus, islamitas, budistas, xintoístas, pagãos do mundo todo, é hora de rezar. Rezar pela vitória de Obama nesta na terça-feira. Porque não vai ser fácil. O sistema eleitoral daquele País é complicado, aquelas urnas velhas, muitas descalibradas, estão trocando votos, e parece que a maioria da população vai ter mesmo de votar em cédulas de papel (nisso, damos um banho neles). Lá, o voto não é obrigatório, e os republicanos, os conservadores rednecks, seguidores de Sarah Palin - a caipira pit bull -, os cubanos exilados, os mexicanos ricos, os aposentados jogadores de golfe da Flórida, os portadores de armas de fogo da costa leste à oeste, os skin heads, os cowboys do meio-oeste, os americanos de meia idade comedores de McDonalds, todos eles acordam cedo para arrastar seus corpos imensos até os locais de votação e confirmar o nome do herói de guerra, um senhor já passado da idade, e que faria melhor se continuasse no congresso votando as leis de imigração e a libertação de alguns presos inocentes em Guantánamo.
Chega de cometer erros. O mundo deseja e grita por Obama, um mulato cosmopolita, filho de pai queniano, mãe americana, padrasto indonésio, criado no Havaí pela avó, com carreira brilhante como advogado em Chicago e militante de causas sociais. Engraçado que o slogan da sua campanha YES WE CAN - CHANGE é tudo o que nós queremos também. Náo só para os EUA, mas para o resto do mundo.
Confesso que tenho um pouco de medo desse tom messiânico imposto à campanha de Obama e da imagem daquelas milhares de pessoas seguindo seu Messias à espera de um milagre, como se ele fosse resolver todos os problemas da nação. Não será simples, a gente sabe. Mas, ele primeiro precisa vencer, instalando a esperança numa nação arrebatada pelo medo e paranóia há oito anos. A partir daí, ele poderá recomeçar a criar um país um pouco mais justo, falar menos de terrorismo e mais de paz. Porque é disso que o mundo precisa.