segunda-feira, 24 de março de 2008

Dá tempo


FREE TIBET!!!!

Quando será que algum desses senhores poderosos do mundo (da guerra e da paz) serão determinados o suficiente para pararem a China com essa vergonha imposta ao Tibete? A hora é agora! A tocha olímpica está correndo o mundo. Ainda temos 137 mil quilômetros e cinco continentes antes de ela chegar a Pequim em agosto. Dá tempo.

Pena que os chineses não possam ver esse vídeo na íntegra...http://www.youtube.com/watch?v=QKr7JejRVko

terça-feira, 18 de março de 2008

Determinação


"Tem gente que não se determina"... foi essa a frase que minha mãe, D. Eliza, sussurrou para ela mesma ontem de manhã, como se estivesse resmungando e falando com seus próprios botões.
Perguntei a ela o que estava querendo dizer com aquilo, já sonhando com uma resposta que certamente me faria rir,:
"A vizinha aí de cima, do 405. Encontrei ela no elevador com uma sacola de roupas para lavar na casa da mãe dela, reclamando que não tem espaço para lavar e estender tudo no apartamento dela. Olha só o meu exemplo. Eu lavei toda a roupa hoje, de cama, de mesa, de vestir. E já está tudo seco. E pendurei tudo no espaço pequeno que tenho aqui em casa, que é o mesmo espaço que ela tem. E ela, bem mais nova que eu, precisa levar tudo pra casa da mãe dela. Por isso que eu digo sempre: tem gente que não se determina".

escândalos

E o novo governador do Estado de Nova York, David Paterson, que admitiu ter tido várias mulheres em relações extra-conjugais quando seu casamento enfrentou uma crise braba? Adorei a sinceridade e excesso de zelo... A notícia correu o mundo (o site do NY Daily News http://www.nydailynews.com/news/2008/03/17/2008-03-17_gov_paterson_admits_to_sex_with_other_wo.html deu o furo) e já começa a virar um novo pequeno escândalo, embora Paterson faça questão de frisar que esses seus envolvimentos não foram com prostitutas e nem teve dinheiro público. Cuidado que seu antecessor, Eliot Spitzer, não teve e por isso teve de renunciar. E tinha até uma brasileira por trás dessa rede de prostituição, que agora implora para ser deportada. A capixaba Andréia Schwartz trabalhava para a tal casa Emperors Club Vip e teria sido informante da polícia federal americana durante a investigação sobre a ligação de Spitzer com as prostitutas de luxo. É também acusada de tráfico de drogas.
Parece que o Estados Unidos estão padecendo não só com a crise econômica e financeira dos subprimes, créditos podres imobiliários e balanços negativos dos bancos.
Nós, brasileiros, estamos acostumados com todos os tipos de escândalos, e este seria só mais um na nossa vasta coleção de casos cabeludos. Mas para a família norte-americana, branca, classe média, religiosa (luterana, batista) e moralista isso deve incomodar tanto quanto a falta de crédito nos cartões da Macy´s e Wal-Mart.

domingo, 9 de março de 2008

Adolescência


Across the Universe é um desses filmes para lembrar a minha adolescência. Nunca gostei de filmes musicais, talvez porque fique frustrada por não saber cantar e morra de inveja desses atores-cantores. Eles são geniais. Sabem atuar, decorar bifes inteiros e ainda soltam a voz daquele jeito maravilhoso. Mas este musical eu curti porque tem a ver com meus verdes anos. A história, bem simples, é contada através de algumas das melhores canções dos Beatles, falando do amor, da guerra (do Vietnã), das drogas, do preconceito, da busca da identidade, da juventude perdida. Anos 60, anos de rebeldia, de ódio racial, do envolvimento dos Estados Unidos na Ásia, mas também de muita curtição riponga, comunidades, amor-livre. Tudo isso vem encaixadinho dentro das músicas.
A gente ouve canções que nos trazem muita saudade daqueles tempos de juventude beatlemaníaca. Eu era uma das mais fanáticas entre os 11 e os 17. Era fã dos Beatles de carteirinha, literalmente, porque fazia parte do fã clube "Ordem do Império Britânico" - nome pomposo para homenagear os Fab4 que haviam recebido uma medalha de condecoração da rainha Elizabeth (em 1965). McCartney era meu sobrenome adotado na época, e com ele assinava as cartas escritas a meus penpals (eu tinha uns 50 correspondentes, em tempos sem internet, a maioria deles fora do Brasil). Nossas cartas eram o supra-sumo da futilidade, pois só falávamos do novo corte de cabelo do Paul, da roupa que a Jane Asher estava durante o retiro que fez com o grupo na Índia (foi nessa época que ouvi falar pela primeira vez do guru indiano Maharishi Mahesh Yogi), dos anéis do Ringo, dos óculos de John, blábláblá. Era tudo tão pouco consistente, mas importante para mim. Aliás, era minha vida. Vivi, eu e meus amigos de jornada beatlemaníaca, pelo menos 6 ou 7 anos da pré e adolescência PARA os Beatles. Era uma obsessão tão grande que nossos pais chegaram a ficar preocupados porque não fazíamos outra coisa fora da escola. Era VIVER para os quatro cabeludos. Meus amigos e eu nos reuníamos nos fins de semana para escutar os novos discos (que demoravam a chegar por aqui ....), algumas raridades (botlegs) que os fãs mais abonados traziam do exterior ou ediçoes piratas que nos chegavam milagrosamente às mãos. O mundo em guerra lá fora, a ditadura dando as caras aqui dentro e nós só pensando naquilo...
Mas os Beatles acabaram (embora suas músicas não) e a adolescência também. Pano rápido.
O que mais me cativou em Across the Universe foi o ator central que interpreta Jude. Chama-se Jim Sturgess. O cara é demais. Canta bem, fez um tipo que lembra o Paul no filme, tem talento, e, além de ser um gato, é simpático!
Meninas, atenção, ele vai voltar às telas neste ano. Um dos filmes será com Harrison Ford e Ray Liotta, sobre imigração nos Estados Unidos (previsto para junho). O outro é 21, já anunciado em trailers, em que ele interpreta um gênio da matemática do MIT e é chamado para cometer fraudes em cassinos. Em The Other Boleyn Girl (em cartaz nos EUA), ele atua com Natalie Portman e Scarlett Johansson como irmão de Maria e Ana Bolena. Vamos ouvir falar muito de Jim Sturgess em 2008. Ainda bem, com ele meus tempos de adolescente voltaram.