sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Flavour, por favor

Minha mãe, d. Eliza, está na Austrália passando um mês com o neto dela, Iura (que vive lá há mais de três anos), e com a minha irmã mais nova, Margarete. Mas, como é uma senhora completamente independente, apesar dos 82 anos, ela precisa estar sempre em movimento para se sentir bem. Gosta de sair para comprar alimentos para cozinhar em casa, já que detesta comer fora (ao contrário da filha). Mas d. Eliza não fala inglês, nadinha mesmo. Só que já anda se aventurando na língua da rainha Elizabeth, sua xará. Aprendeu a dizer good morning para a namorada do meu sobrinho, a se despedir com um see you, embora complete a fala em português. No supermercado, usa de mímicas para se fazer entender. Agora, resolveu ousar um pouco e pedir flavour (farinha), palavra que aprendeu. Só que o tipo de flavour solicitado por d. Eliza em uma das suas últimas idas ao super não foi compreendida pela moça. Era flavor de mandioca! Imagino que tipo de mímica minha mãe teria de fazer para explicar à loirinha vendedora o que era mandioca. Sem contar que os australianos jamais devem ter ouvido falar desse tipo de farinha por lá. D. Eliza, em sua simplicidade cativante, não tem noção dos limites das fronteiras da macaxeira e saiu frustrada. Queria farinha para comer com churrasco neste domingo. Coisas de gaúcho. E de d. Eliza.

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