segunda-feira, 2 de julho de 2007

nomes...

Estou com muita pena da jovem James Alves da Silva, de apenas 16 anos, já grávida. Não, não é porque a adolescente está grávida que estou com pena dela. É por causa do nome que ela recebeu ao nascer. A mãe, Ana Célia, achou "tão bonito" que não viu nada de estranho chamar a filhinha de James. Apesar dos problemas causados à filha na escola, com os amigos, na vida, a menina com cara de Ana, Maria ou Nicole (nome com o qual queria ser batizada) conseguiu chegar à adolescência sem maiores traumas. Só que as coisas não seriam tão simples para ela. Além desse nome esdrúxulo, o notário da cidadezinha baiana de Banco Central (e isso lá é nome de cidade?) registrou o bebê recém nascido também como homem! Claro, faz sentido. Descuido do tabelião? E o que dizer dos pais de James, que nem perceberam o erro durante 15 anos (!), idade em que a menina precisava tirar uma carteira de identidade e a emissão do documento foi negada porque ela era ele, pelo menos na certidão de nascimento.
Agora, James não pode casar com seu companheiro e está com problemas para fazer o pré-natal porque foi registrada como homem. Que situação! Além da falta de boa vontade do posto de saúde do Jardim Caiçara (em São Paulo), onde ela foi tentar o pré-natal, e do fato de seu cartório ter sido transferido para Ilhéus e nenhum dos antigos funcionários do cartório de Banco Central (BA) existir mais, James quer trocar o nome para Nicole e não consegue, não sem antes trocar de sexo e ser reconhecida como mulher, que ela é, de fato. Não bastasse essa situação complicada na vida de James, a mãe dela, a mesma que fez o favor de chamar a filha com nome de homem e não ter se dado conta também do erro do tabelião no registro (talvez pelo fato de ela ser semi-analfabeta), revelou à Folha de São Paulo que outros dois nomes estavam na sua lista para a pobre filha: Tabita ou Sadoque (se ela fosse menino).
Acho que deveriam proibir d. Ana Célia de ter essas "brilhantes" idéias para nomes. James/Nicole, um conselho: não deixe sua mãe chegar perto de um tabelião com o neto no colo.

Um comentário:

alberto disse...

mas bá, você viu no fim que a pobrezinha da james não se livrou do nome patético, mas não estava grávida? disseram que foi gravidez psicológica, tadinha. espero que agora ela consiga tirar os documentos certos. daí, quando engravidar pra valer não vai mais passar por esse aperreio todo. e vc tem razão! que nome é esse banco central? e quem nasce lá é o quê? bancário, bnquista? bjs e saudade.